Opinião
- 10 de maio de 2018
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Ser mãe é padecer no paraíso?
Por Soraya Ferreira Dias
Herdei dos meus pais o amor aos estudos e mais tarde ao trabalho e aprendi com eles a conduzir com leveza e dedicação as diversas fases da vida. Aos 17 anos iniciei o curso de Medicina na UFMG e aos 28 anos fui mãe pela primeira vez. Ser médica pediatria e mãe é um privilégio, pois o ensino e a aprendizagem fazem parte do dia-a-dia. Compartilhei muitas angústias das mães e sofri com muitas crianças. Ao longo de mais de 30 anos de profissão e quase trinta de maternidade, aprendi que amor e proteção são os ingredientes essenciais para uma boa receita de vida e felicidade para os nossos filhos.
Inúmeras vezes compartilhei com as mães minha experiência pessoal, e à noite ao chegar em casa, sempre tinha uma história linda para contar à minha filha. As noites eram muito especiais: compartilhar o dia, jantar, corrigir o para-casa, tomar banho e ir para cama! Quem disse que o sono vinha? As crianças esperam tanto nosso retorno do trabalho, que a última coisa que desejam é dormir... Ótimo momento para contar histórias bíblicas, orar e cantar até adormecer.
Embora trabalhando em alguns períodos 60 horas por semana, sou grata a Deus por encaminhar pessoas tão queridas para suprir minha ausência com muito carinho e paciência. Criança precisa de atenção, de olho no olho, de ser ouvida, de expressar seus sentimentos e essa é a parte mais linda da maternidade. Aproveitar todas as oportunidades para declarar o seu amor, contar uma história, compartilhar o dia, orar e rever posturas constrói uma relação de confiança e cumplicidade para vida toda. Nunca compreendi bem o “ser mãe é padecer no paraíso”... Prefiro dizer que ser mãe é experimentar o paraíso em cada olhar, cada sorriso, cada “mãeeeee”...
Aos 39 anos fui mãe novamente, desta vez por intensos 45 dias, pois a guerreira Ana Clara não resistiu à prematuridade extrema e suas conseqüências. Maternidade essa que me ensinou a compreender profundamente o sofrimento das mães que perdem seus filhos em qualquer idade e por diferentes motivos.
Aos 49 anos torno-me “mãe em dose dupla”, pois como dizia Rachel de Queiroz, “neto é um filho seu que é devolvido”. Que amor e alegria indescritíveis... Nesses dias tão difíceis como é importante para os netos o amor e a presença das avós, essas “mães com açúcar” como dizem alguns. Adequar nossos horários de trabalho às necessidades dos filhos e netos torna o dia a dia mais suave e prazeroso e nos concede inúmeras oportunidades de demonstrar o amor e o carinho nos pequenos detalhes, sempre ensinando a regra de ouro do Evangelho: “Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam...” (Mateus 7.12).
Como a vida é dinâmica! Aí chega o dia de cuidarmos das nossas mães, como se fossem nossas filhas. Que privilégio retribuirmos todo cuidado, todo carinho, toda dedicação, toda luta para nos transformar em pessoas de bem. Dedico esse pequeno texto à minha querida mãe que aos 87 anos de idade, às vezes me pergunta, você é minha filha ou minha mãe? Obrigada por tudo minha amada.
• Soraya Ferreira Dias é médica pediatra.
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O pedido de uma mãe
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Sou mãe. E agora?
Quanto custa um Dia das Mães?
O colo de Deus para mães tristes
Herdei dos meus pais o amor aos estudos e mais tarde ao trabalho e aprendi com eles a conduzir com leveza e dedicação as diversas fases da vida. Aos 17 anos iniciei o curso de Medicina na UFMG e aos 28 anos fui mãe pela primeira vez. Ser médica pediatria e mãe é um privilégio, pois o ensino e a aprendizagem fazem parte do dia-a-dia. Compartilhei muitas angústias das mães e sofri com muitas crianças. Ao longo de mais de 30 anos de profissão e quase trinta de maternidade, aprendi que amor e proteção são os ingredientes essenciais para uma boa receita de vida e felicidade para os nossos filhos.
Inúmeras vezes compartilhei com as mães minha experiência pessoal, e à noite ao chegar em casa, sempre tinha uma história linda para contar à minha filha. As noites eram muito especiais: compartilhar o dia, jantar, corrigir o para-casa, tomar banho e ir para cama! Quem disse que o sono vinha? As crianças esperam tanto nosso retorno do trabalho, que a última coisa que desejam é dormir... Ótimo momento para contar histórias bíblicas, orar e cantar até adormecer.
Embora trabalhando em alguns períodos 60 horas por semana, sou grata a Deus por encaminhar pessoas tão queridas para suprir minha ausência com muito carinho e paciência. Criança precisa de atenção, de olho no olho, de ser ouvida, de expressar seus sentimentos e essa é a parte mais linda da maternidade. Aproveitar todas as oportunidades para declarar o seu amor, contar uma história, compartilhar o dia, orar e rever posturas constrói uma relação de confiança e cumplicidade para vida toda. Nunca compreendi bem o “ser mãe é padecer no paraíso”... Prefiro dizer que ser mãe é experimentar o paraíso em cada olhar, cada sorriso, cada “mãeeeee”...
Aos 39 anos fui mãe novamente, desta vez por intensos 45 dias, pois a guerreira Ana Clara não resistiu à prematuridade extrema e suas conseqüências. Maternidade essa que me ensinou a compreender profundamente o sofrimento das mães que perdem seus filhos em qualquer idade e por diferentes motivos.
Aos 49 anos torno-me “mãe em dose dupla”, pois como dizia Rachel de Queiroz, “neto é um filho seu que é devolvido”. Que amor e alegria indescritíveis... Nesses dias tão difíceis como é importante para os netos o amor e a presença das avós, essas “mães com açúcar” como dizem alguns. Adequar nossos horários de trabalho às necessidades dos filhos e netos torna o dia a dia mais suave e prazeroso e nos concede inúmeras oportunidades de demonstrar o amor e o carinho nos pequenos detalhes, sempre ensinando a regra de ouro do Evangelho: “Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam...” (Mateus 7.12).
Como a vida é dinâmica! Aí chega o dia de cuidarmos das nossas mães, como se fossem nossas filhas. Que privilégio retribuirmos todo cuidado, todo carinho, toda dedicação, toda luta para nos transformar em pessoas de bem. Dedico esse pequeno texto à minha querida mãe que aos 87 anos de idade, às vezes me pergunta, você é minha filha ou minha mãe? Obrigada por tudo minha amada.
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